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Petrobras 68 anos: Energia que transforma superação em futuro

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Neste mês de outubro, um patrimônio de todos os brasileiros comemora 68 anos. São quase sete décadas produzindo petróleo, gás e derivados que abastecem grande parte do mercado nacional. A Petrobras movimenta uma cadeia produtiva complexa, que envolve milhares de pessoas e é um agente do desenvolvimento econômico do país. Em artigo publicado ontem, dia 03 de outubro, nosso presidente, Joaquim Silva e Luna, explica como toda a sociedade se beneficia de uma Petrobras mais forte, equilibrada e sustentável.

Dividendos: uma nobre entrega da Petrobras ao Brasil

Uma das maiores empresas do mercado brasileiro e a maior de óleo e gás da América Latina, a Petrobras ocupa o imaginário popular nacional. Explicam esse fato, dentre outras razões, sua mundialmente reconhecida capacidade de inovar e ir aonde nenhuma empresa chegou, bem como o importante papel que desempenha como agente de desenvolvimento econômico no país.

Considerando a participação de 37%, direta e indireta, da União Federal (incluindo o BNDES), faz sentido a frase que diz que “a Petrobras é um patrimônio de todos os brasileiros”. E porque todo brasileiro é dono da Petrobras, nenhum de nós gostaria de voltar a ver a empresa em apuros financeiros, como ocorreu em 2015.

Àquela altura, decisões equivocadas levaram a Petrobras a acumular a maior dívida corporativa do mundo: mais de US$ 160 bilhões (ou mais de R$ 800 bilhões no câmbio atual), o que equivale a todo o PIB da Hungria, ou ao triplo do PIB do Uruguai. E, nessa situação crítica, a companhia suspendeu o pagamento de dividendos, tanto para a União quanto para seus 850 mil acionistas minoritários, dos quais 750 mil no Brasil, que investem suas economias na empresa.

Para sobreviver, a Petrobras precisou fazer escolhas e focar nos negócios que faziam mais sentido, aliados à sua maior competência – explorar e produzir óleo em águas profundas e ultraprofundas – e que dessem maior retorno ao capital investido. Vendeu ativos e esforçou-se muito para cortar custos e reduzir sua dívida. Uma empresa endividada é vista com desconfiança e, por isso, paga mais juros e tem mais dificuldade para tomar crédito – como ocorre na vida de todos nós. Entre 2015 e junho de 2021, seu endividamento foi reduzido em cerca de US$ 100 bilhões, o que equivale a mais do que o valor de mercado da Vale, ou o dobro do valor do Itaú.

Seis anos depois, a Petrobras voltou a ser considerada saudável. Sua dívida bruta está perto do patamar da média do setor, e a meta de US$ 60 bilhões para 2022 deve ser alcançada ainda em 2021. Trata-se de uma das mais impressionantes histórias de recuperação financeira vistas no mundo corporativo. O feito tem sido reiteradamente reconhecido pelas agências de classificação de risco: no fim de setembro, a Moody’s melhorou a avaliação da Petrobras.

Recursos antes utilizados para amortizar uma dívida colossal estão sendo, e serão cada vez mais, destinados à sociedade. Além dos tributos, cresce a devolução por meio da remuneração em forma de dividendos, em especial à União. Além disso, a Petrobras vem retomando seus investimentos. Tudo isso, ressalte-se, foi conquistado com esforço próprio da companhia, preservando os recursos dos impostos dos brasileiros para causas mais nobres.

De 2015 a 2017, os acionistas da Petrobras, inclusive o povo brasileiro representado pela União, não receberam um centavo de dividendos, pois a empresa estava sufocada por despesas com juros e amortização da dívida. Os pagamentos só retornaram em 2018. Entre 2019 e 2020, foram R$ 13,5 bilhões, dos quais R$ 5 bilhões à União, ou seja, ao povo brasileiro. Em 2021, foram anunciados mais R$ 15,4 bilhões à União até agora. São recursos que ajudam a sustentar políticas públicas para todos os brasileiros, que podem beneficiar especialmente os mais vulneráveis.

A devolução à sociedade em forma de pagamento de tributos também se fortalece à medida que a empresa se recupera. Apenas no ano de 2021, a Petrobras deverá pagar R$ 177 bilhões em impostos e participações governamentais e, se considerarmos os últimos três anos, o valor supera meio trilhão.

Com as contas saneadas, a Petrobras contribui também com mais investimento. A empresa participa de forma significativa da economia nacional, dado que seu valor adicionado representa cerca de 4% do PIB. Em 2021, a previsão é investir aproximadamente R$ 50 bilhões. E cada R$ 1 bilhão que a Petrobras aplica em seus negócios e projetos de exploração e produção, por exemplo, gera 10 mil empregos.

Parte dessa recuperação é sustentada pelo alinhamento à decisão de seguir o que determina a lei sobre a prática de preços. A Lei 9.478/97, conhecida como Lei do Petróleo, em seu artigo 61, estabelece que a Petrobras exercerá suas atividades econômicas em mercado de livre concorrência – o que a impede de estipular preços artificialmente baixos, fugindo do parâmetro das cotações do mercado externo, considerando que o petróleo é um bem com preços estabelecidos globalmente. Por sua vez, a Lei 13.303, conhecida como Lei das Estatais, somada ao Estatuto da Petrobras, corrobora essa obrigação. Além disso, a empresa está sujeita a normas e controles de diversos órgãos do Brasil e do exterior.

Leis

O cumprimento das leis e regras vigentes assegura o retorno adequado de seus bons investimentos e a saúde necessária para continuar investindo. Qualquer caminho diverso do legalmente previsto é uma ameaça ao futuro da empresa.

Em pouco tempo não haveria nem preços mais baixos, tampouco a riqueza e os empregos que a Petrobras gera hoje para a sociedade. A prática de preços alinhados a mercados competitivos é, portanto, mais que uma questão de escolha, é uma obrigação legal e uma questão de sobrevivência.

Uma vez recuperada, a Petrobras tem como obrigação devolver ainda mais retorno à sociedade, em forma de tributos, investimentos e, especialmente, dividendos. E aqui é importante desmistificar os dividendos. Essa remuneração é a forma estabelecida em lei para prover retorno a centenas de milhares de investidores, entre eles os que aplicaram na companhia suas economias, incluindo seus FGTS e fundos de aposentadoria. Foi a confiança desses investidores que permitiu, ao longo de décadas, que ela gerasse tanto desenvolvimento e riqueza dentro do Brasil e se tornasse uma empresa globalmente vitoriosa.

A propósito, no tema dividendos, vem ganhando força, nas últimas semanas, o debate sobre a criação de um fundo com recursos a serem usados para atenuar os efeitos da alta na cotação do petróleo e seus derivados nos mercados globais. O objetivo seria limitar o impacto dessas oscilações no preço dos combustíveis, a exemplo do que ocorre em vários países. Parte dos dividendos pagos à União poderia ser direcionada a este fundo.

Devemos, ainda, desconstruir a conotação negativa sobre o ente abstrato denominado “investidor” como o principal beneficiado dos dividendos. Na verdade, no caso da Petrobras, esses pagamentos remuneram a sociedade brasileira, por meio de seu acionista majoritário – a União – e demais acionistas. A aplicação desses recursos pela União pode ser a solução para graves problemas que assolam o país nos dias de hoje. Uma Petrobras saudável, que paga bilhões de reais em dividendos, é parte relevante da solução.

Joaquim Silva e Luna – Presidente da Petrobras

Fernando Lorenzetti

Fernando Lorenzetti

Fenando Lorenzetti é Jornalista, profissional de mídia, colaborador dos mais importantes veículos de Imprensa do país. Fez sucesso com seu programa na Rede Bandeirantes de TV. Mantém contato diário, como informante, colaborador dos mais prestigiados articulistas e editores do país. Atua em redes sociais e desponta no mercado editorial, de revistas, com circulação no segmento de condomínios. Por 10 anos assinou uma página no jornal Diário do Povo, em Campinas, e página dupla central na revista Metrópole do Correio Popular. Atuou no Jornal da Cidade de Jundiaí e Jornal da região . Além de colaborador da Folha Sudeste, encarte da Folha e Veja Interior. Pilotou o programa de TV "Festa, com Fernando Lorenzetti. O jornalista também é corresponde de veículos internacionais.