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Conheça os projetos selecionados pelo edital para as demais áreas da Cultura, da Lei Paulo Gustavo

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Projetos em Atibaia contemplam as áreas de artes visuais, circo, dança, música, teatro, pesquisas culturais, publicações e digitalização de acervos
Com a divulgação dos resultados dos editais da Secretaria de Cultura de Atibaia para seleção dos projetos culturais financiados com recursos da Lei Paulo Gustavo, dá para ter uma ideia dos espetáculos e ações que vão ajudar a movimentar a cena cultural da cidade ao longo de 2024. Foram 15 produções selecionadas no concurso específico para o setor audiovisual e 33 projetos habilitados no edital para as demais áreas da Cultura.

A seleção contemplou sete projetos de Artes Visuais; um de circo; quatro de dança; quatro de música; quatro de teatro; seis publicações de livros; três estudos/pesquisas culturais; duas publicações de obras relacionadas a acervo; e duas iniciativas para preservação e digitalização de acervos. Confira os projetos selecionados e acompanhe o portal e as redes sociais da Prefeitura para ficar sabendo de tudo o que vem por aí!

Artes VisuaisA preocupação com a inclusão é uma característica em comum dos projetos de Artes Visuais. A intervenção “Faça Luz, Faça Cor: Foto-caminhada Noturna na José Lucas”, uma das propostas selecionadas, além de contar com a participação dos coletivos Pajubá e Negra Visão e do Clube Atibaiense de Fotografia, oferecerá audiodescrição para pessoas com deficiência visual. A confecção de esculturas na iniciativa “Bio Cerâmica: um Espaço de Conexão e Criação” também trará vivências orientadas a pessoas com deficiência visual e auditiva.
“Poética da Confecção de Mandalas na Zona Rural” e “Fotografia dos Formandos Escola Rural” são ações que procuram incluir as comunidades mais distantes, tornando a cultura mais acessível. A primeira desenvolverá oficinas de desenho/pintura de mandalas no bairro da Boa Vista e a segunda acontecerá na Escola Municipal Rita Lourdes Cardoso de Almeida Alvim, no bairro São Roque.
Ainda na área de Artes Visuais, “Pepi Arts” visa a realização de exposições que não só estimulem a expansão da consciência popular sobre a presença e importância da população negra e periférica na cidade, mas também incentivem a participação de pessoas com deficiência no processo de democratização da arte e cultura no município. Opondo-se a um mundo capacitista e etarista, “Eu te vejo! Um olhar sobre elas, suas histórias e territórios” propõe valorizar mulheres idosas por meio de um projeto de fotografia que busca retratá-las como patrimônios vivos.
“Sensações”, da artista Carmen Allué, fecha a lista de Artes Visuais com a proposta de realizar uma oficina e uma exposição interativa composta por obras que podem ser tocadas. Ao possibilitar outras formas de apreciação, a exposição interativa, além de convidar o público a fruir as obras com outros sentidos, como o tato, também contribui para a acessibilidade de pessoas não-videntes e ou de baixa visão.
Circo e dança“Circo pelos Direitos das Mulheres” é um espetáculo circense que busca informar e conscientizar o respeitável público sobre esse tema, oferecendo como contrapartida uma palestra com advogada especializada na área. Já o projeto “Paisagens Invisíveis” prevê a produção de um espetáculo inédito de dança contemporânea e a realização de duas apresentações, uma delas com o recurso de audiodescrição. As ações da iniciativa, que acontecerão no Casarão Júlia Ferraz e em trechos do Rio Atibaia, incluem rodas de conversa e uma oficina para estudantes de escola pública.
Outros projetos de dança são “R(existência): meu corpo fala”, uma fusão de dança contemporânea, funk, hip-hop, danças circulares, folclóricas e africanas; “Corpos Dissidentes”, cujo objetivo é criar um ambiente acessível e diversificado para dançarinos de diferentes habilidades e origens; e “Danças Sagradas de Terreiro”, espetáculo inspirado nos ritos de candomblé brasileiro e africano desenvolvido no terreiro Inzo Musambu Mutaklambo e Dandalunda.

MúsicaNa área da música, o edital selecionou três gravações de EP e um espetáculo de samba. Misturando trap, drill, grime e dancehall com blues, samba, soul, funk e jazz, os três irmãos músicos que compõem o grupo Fratelli La Máfia trazem da periferia de Atibaia uma nova proposta para o cenário do rap, gravando o EP “As Origens”. O grupo promoverá também uma oficina de percussão com instrumentos feitos de materiais recicláveis.
Tiane Tessaroto também vai lançar o seu EP “Cicatriz”, com releituras de obras existentes, apresentadas em arranjos originais. A artista promoverá ainda workshops e rodas de conversa, um deles em escola pública, sobre o protagonismo negro na música brasileira, reflexão que emerge das músicas escolhidas por ela para compor o disco. Já o EP “Eterno”, de Flávio Rodrigues e Cristiane Barbosa, contará com cinco faixas autorais inéditas da dupla e a gravação de dois videoclipes.
“Ela Sempre Me Dizia” é um espetáculo de samba que apresentará 12 composições inéditas do cantor e compositor Camun Dongo. O show, que contará com um momento “Samba e Prosa”, faz referência a Denize Marques, viúva do Noite Ilustrada, famoso sambista que viveu e faleceu em Atibaia.

Teatro
Trazer à luz do palco as vozes de mulheres sufocadas, presas e silenciadas por vulnerabilidades e fragilidades em sua saúde mental é o objetivo do espetáculo teatral “Yayá e As Vozes do Silêncio”. A peça, que segue uma linha documental, promoverá ainda rodas de conversas e oficinas artísticas.

“Tô morrendo… Peraí! Quero Sentir Teu Coração de Perto” enfrenta a delicada questão da morte ao abordar a importância da escuta ativa de pacientes terminais em uma peça teatral concebida pela artista e fisioterapeuta Ana Portillo a partir de suas experiências como palhaça terapêutica junto aos pacientes em cuidados paliativos do Hospital das Clínicas de Porto Alegre.
Ainda na categoria teatro, as pílulas poéticas do Ateliê Cênico Musical contarão a trajetória de uma personagem que sai em busca de um som perdido dentro de sua própria casa, no espetáculo musical infantil “PintaSom – Uma Viagem Sonora”. “Policarpo Quaresma na Rua” é outro dos projetos de teatro selecionados, uma releitura da obra de Lima Barreto que será encenada nas praças da Matriz, Amada, Guanabara, Soldado Constitucionalista e no Centro Comunitário do Jardim Maracanã.

Na categoria Publicações, o projeto “Os Primeiros Tempos da Literatura Atibaiense” foi um dos selecionados, propondo um resgate de histórias e personagens da cidade – residentes ou ilustres visitantes – no período de 1655 até 1950. “O Que Deixo Não Cabe Nessa Mala” é um monólogo teatral que aborda questões sobre a relação entre pai e filho, trazendo a diversidade das possibilidades parentais contemporâneas.

“Primavera da Identidade”, “Além do Muro” e “O Grito das Vozes Caladas” trouxeram poesia à seleção, apresentando diferentes abordagens sensíveis e envolventes da expressão literária. Enquanto o primeiro, um livro colaborativo dos artistas urbanos Felipe Nikito e Emikua, une a poética das palavras e das ilustrações para afirmar uma identidade negada pelo processo de colonização, o segundo reúne 25 poemas visuais que transcendem as fronteiras da poesia convencional ao utilizar técnicas como stencil e lambe-lambe para explorar e reinventar significados.
Já o projeto “InVersos Periféricos” representa a literatura periférica, propondo um livro digital e sonoro produzido a partir do conteúdo criado na cypher “Grito do Interior (Consciência Negra)”, encontro que reuniu 11 MCs e suas vivências, experiências e opiniões sobre a questão racial em diversas transversalidades sociais.

Estudos/pesquisas culturais
Três pesquisas culturais foram selecionadas: “Carolineando Atibaia”, um estudo sobre a obra da escritora Carolina de Jesus, elaborado pela artista Wanda Cavalcante; “Entre Músicas, Marchas e Metais”, um levantamento historiográfico sobre a Fanfarra Municipal de Atibaia e o Projeto Educando com Música e Cidadania; e “Arte Para Fazer Parte – Percursos”, um resgate da história do grupo de Teatro Inclusivo “Fazendo Arte Fazendo Parte”, que busca a inclusão por meio da arte de pessoas com deficiência intelectual e neurodivergentes.

Publicações relacionadas a acervo
A proposta do projeto “Saber Ver a Arquitetura de Atibaia” é uma publicação digital a respeito dos estilos arquitetônicos presentes em uma parte do Centro Histórico da cidade, enquanto a do projeto “Podcast Memórias de Um Sobrado” é convidar pessoas da comunidade para ler episódios do folhetim escrito por Maria de Lourdes Ferraz nos anos 70. O folhetim “Memórias de Um Sobrado”, preservado no acervo do Casarão Júlia Ferraz, relata acontecimentos e histórias da cidade de Atibaia, de seus habitantes e do próprio Casarão.

Preservação e digitalização de acervos
Nesta categoria, foram dois projetos selecionados: “Acervo Euclides Sandoval”, que visa recuperar e tornar público o acervo fotográfico do filósofo, artista plástico e escritor Euclides Sandoval, e “Imprensa Atibaiense: 1890-1966”, que pretende digitalizar os frágeis exemplares originais de 26 jornais que desempenharam um papel significativo na vida da cidade nesse período.

Fernando Lorenzetti

Fernando Lorenzetti

Fenando Lorenzetti é Jornalista, profissional de mídia, colaborador dos mais importantes veículos de Imprensa do país. Conta com mais de 250 mil seguidores em suas redes sociais e possui dezenas de grupos nas cidades da região de Campinas. Mantém contato diário, como informante, colaborador dos mais prestigiados articulistas e editores do país. Atua em redes sociais e desponta no mercado editorial, de revistas, com circulação no segmento de condomínios. Por 10 anos assinou uma página no jornal Diário do Povo, em Campinas, e página dupla central na revista Metrópole do Correio Popular. Atuou no Jornal da Cidade de Jundiaí e Jornal da região . Além da Folha Sudeste e Veja Interior. Pilotou o programa de TV " Festa, com Fernando Lorenzetti ", na Band, Rede Bandeirantes de Televisão por mais de uma década, sendo líder de audiência, e foi apesentador de TVs do seguimento News. O jornalista está no Instagran: @lorenzetti_fernando e em todas as demais redes sociais.