A reportagem fez um giro pela região comercial da cidade, sem entrar no Alvinópolis. O número de imóveis com placas de locação ou venda, é grande, impressiona porque confere um ar de cidade fantasma. Os índices também são preocupantes. O preço alto dos pontos comerciais não colabora e requer atenção dobrada.
Em Atibaia o número recente de empresas abertas é até razoável e pode-se dizer que supera o de empresas fechadas. Ocorre que essa linha, entre empresas abertas e fechadas, é mais ou menos no mesmo patamar. Assim como os incentivos ao Comércio, que patinam há pelo menos 20 anos, a mobilidade é outro ponto em desfavor da região central. Com ruas estreitas, sem que seja possível qualquer tipo de ampliação, o centro sofre, com a recente política que aumentou o número de prédios e condomínios. Atibaia inchou, como amplamente foi dito recentemente, e o pior: sem que houvesse mudanças significativas de incremento ao transporte público. A impressão que a gente tem, ao passear durante feriados pelo Centro de Atibaia, é de um cenário que mistura medo com perplexidade. Para uma cidade com tanto glamour, esse ar de decadência com tanta porta fechada não agrega em nada. O turista que procura alguma coisa para fazer em Atibaia encontra o quê ? Nada! Ou quase nada, exceto a Pedra Grande e um parque.
Monte Verde tem apenas uma rua, e a cidade “ferve” no Turismo. O comércio é um setor complicado. Sofre sem um turismo forte, sofreu na pandemia, assimilou aumento de impostos escandalosos, sem falar que a política do segmento permanece a mesma. O comerciante vem sendo penalizado! Não existem grandes incentivos.
Há mais!
O comércio sente a falta de mão de obra bem treinada e com qualificação. Talvez não haja um culpado, exatamente, pela situação. Mas cabe ao poder público fornecer o treinamento necessário e adequado, sem que se acomode em um trono, no entorno da boa vontade de qualificação oferecida nos cursos, nem sempre específicos à necessidade das demandas, (caso de atendentes em cafés, bares, sorveterias), através de cursos limitados e esporádicos dos Sebraes, Sesi – e FIESP da vida.
A cidade não é competitiva. É mais caro abrir um comércio em Atibaia do que em muitos locais. E além disso, quem suporta toda essa pressão ? Somente um Pão de Acúcar consegue sobreviver e inclusive fazer esse deslocamento de “importar” funcionários, diariamente, de outras praças.
Barato não sai.
Sem falar no custo fixo, extremamente alto, cruel, com o IPTU, taxas de água e esgoto, lixo, alvarás, licenciamento, publicidade, etc. Tudo isso é mais caro em Atibaia do que Bragança e outras cidades como Jundiai, Itatiba, etc.